“Nação,
acabamos de ficar órfãos. Adeus Pai Mandela. A luta continua... Salve o nosso
Rei Mandela” (Elza Soares)
Prêmio
Nobel da Paz e símbolo maior da luta contra a desigualdade racial, Nelson
Mandela morre aos 95 anos, em 5 de dezembro de 2013, na África do Sul. Depois
de passar 27 anos num cárcere de 2m 50cm x 1m 50cm, ele teve forças para
liderar todo um país na derrubada do apartheid.
Rolihlahla
Mandela nasceu em 18 de julho de 1918, no vilarejo de Mvezo, na Província de
Easrernt Cape, na África do Sul. Era descedente dos chefes Tembu, da nação
cossa e, segundo biógrafos, foi criado para ser líder tribal. Passou a se
chamar Nélson a partir dos 7 anos de idade, quando estudou em escola
britânica. Entre os mais íntimos era chamado “Madiba” – nome do clã
ao qual pertencia. A tradição tribal admitia a poligamia. Mandela teve quatro
esposas e nove filho.
A
força moral e política de Mandela vinha da crença de que gestos diários de
cortesia, consideração e generosidade são capazes de atenuar conflitos. Na área
social, Mandela marcou pontos com a Comissão da Verdade e Reconciliação, que
fez um doloroso escrutínio do passado. Seu relatório desagradou a políticos dos
dois espectros, mas satisfez a maioria da opinião pública.
A
Constituição democrática foi promulgada em 1996 e a paz com os zulus, selada
com a inclusão de líderes do Partido da Liberdade Inkhata no governo. Ele não
quis se reeleger e deixou o governo com aprovação de 80%. Diferentemente da
ostentação de outros líderes africanos, viveu de maneira simples. Doava um
terço do salário para uma fundação de caridade criada com o dinheiro do Nobel.
Em
temas internacionais, Mandela foi idealista, adotou como princípio a defesa dos
direitos humanos e a lealdade àqueles que o ajudaram na luta contra o
apartheid. Como nunca esqueceu os velhos amigos, Mandela defendia os regimes de
Cuba, Líbia, Síria e Zimbábue. O
ex-presidente Lula da Silva sempre ressaltou a forte admiração que nutria por
Mandela. Em sua página da internet, ao tomar conhecimento da morte
do grande líder africano, declarou:
Mandela foi uma coisa boa que de vez em quando Deus
projeta nas nossas vidas. O mundo perdeu uma das figuras mais extraordinárias
que conheci". (Lula da Silva)
Autor
de frases marcantes, ao assumir a presidência da África do Sul, em 1994, fez um
discurso com um trecho que serve como lição de vida. Disse:
"Nosso
grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos
poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos
amedronta. Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente,
talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo
isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em
encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de
você. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente
damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".
Fonte: Agência Petroleira de Notícias (com recortes de várias fontes)
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