Leia a nota
emitida pelo representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC no
Brasil a respeito das manifestações em todo o país:
Escalada da
violência em protestos é preocupante, diz representante do UNODC no Brasil
O Escritório
das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) observa com preocupação a escalada
na violência registrada nas últimas manifestações públicas ocorridas no Brasil.
Segundo Rafael Franzini, representante do Escritório de Ligação e Parceria do
UNODC no Brasil, são particularmente inquietantes as diferentes
alegações de violência durante os protestos, que têm chegado à
atenção dos mecanismos de proteção aos direitos humanos da ONU e que têm sido
veiculadas na imprensa.
Desde junho
de 2013 observou-se um aumento no número de manifestações com violência no
país. A alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, já pediu a todas as partes envolvidas que se
comprometessem a prevenir o uso de força excessiva.
Diante do
uso da violência por manifestantes e das alegações de uso excessivo de força
por autoridades policiais, Franzini reitera o apelo da Alta Comissária: “Tanto
o direito à integridade física de terceiros como os de liberdade de expressão e
manifestação pacífica devem ser respeitados”, afirma.
O representante
do UNODC no Brasil espera que o cumprimento da lei seja regido com base no
Código de Conduta para os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei,
aprovado pela Assembleia Geral da ONU pela resolução 34/169, e em consonância com os
principais instrumentos de direitos humanos adotados pelos Estados-membros. Em
particular, também é necessário proteger públicos vulneráveis e resguardar o
direito à informação com a proteção de jornalistas, como descrito na resolução nº 6/2013 da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República.
Seguindo o
comentário de Pillay, bem como aquele feito ontem [terça-feira, dia 11] pelo representante regional para a América do Sul do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Franzini
considera que as manifestações devem ser atos cívicos que não comprometam a
segurança pública. Ele também faz um apelo aos manifestantes para que não
recorram à violência, lembrando que o diálogo e a manifestação pacífica são
essenciais. Por último, Franzini espera que o diálogo e o respeito aos direitos
humanos prevaleçam.
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