Pelo menos 2 milhões de mulheres
e meninas são traficadas para prostituição, escravidão e servidão todos os
anos. Além disso, até 60% das mulheres vão sofrem algum tipo de abuso físico ou
sexual ao longo da vida.
Nesta segunda-feira (25), Dia
Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) pediu que todos
renovem seus esforços para acabar
com a violência contra as mulheres.
A violência de gênero atinge não
só as mulheres, como também suas famílias e reforça as desigualdades entre
homens e mulheres em todo o mundo. O estupro ainda não é considerado crime em
mais de 35 países e mais de 603 milhões de mulheres vivem em lugares onde a
violência doméstica não é ilegal.
Segundo o novo relatório de
Desenvolvimento Humano Regional do PNUD para 2013-2014, “Segurança Cidadã com
uma Face Humana: evidências e propostas para a América Latina”, a discriminação
baseada no gênero continua sendo o principal estímulo das desigualdades no
mundo.
O documento estabelece que ela
contribui para a insegurança na América Latina, sendo uma ameaça e um obstáculo
persistentes ao desenvolvimento humano, à saúde pública e aos direitos humanos.
E não é só na América Latina que
a violência de gênero propicia a insegurança. Um estudo recente da ONU
revela que, dos 10 mil homens entrevistados na região Ásia-Pacífico, quase
metade já cometeu atos de violência física ou sexual contra a parceira.
A pesquisa também afirma que a
maioria dos fatores associados ao uso de violência de homens contra mulheres
pode ser alterada e recomenda intervenções que abordem as normas sociais
relacionadas com a aceitabilidade da violência e de estereótipos dominantes.
Essa é a mesma recomendação que o
relatório “Um Milhão de Vozes: O Mundo que
Queremos” faz. O documento sintetiza os resultados de uma consulta global sem
precedentes, envolvendo mais de um milhão de pessoas de todos os países e
experiências sobre como a agenda futura de desenvolvimento do mundo deve
parecer.
Ele afirma que os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) não fazem nenhuma proposta em relação à
violência contra mulheres e meninas, apesar de ter um dos oito objetivos
relacionados a gênero.
Qualquer agenda de
desenvolvimento, afirma o relatório, deve ter um forte enfoque sobre as desigualdades
e violências de gênero. Caso contrário, o mundo não será capaz de resolver os
problemas relacionados aos conflitos e nem terá garantia de desenvolvimento
acelerado e sustentável.
Fonte: ONU
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