Conhecida como Lei Maria da Penha, a lei número 11.340
decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
ex-presidente do Brasil,
Luiz Inácio Lula da Silva, em 7 de agosto
de 2006,
completa hoje 7 anos.
Conheça um pouco sobre a história da Lei Maria da Penha:
Conheça um pouco sobre a história da Lei Maria da Penha:
A Lei 11.340/06, conhecida com
Lei Maria da Penha, ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia
Fernandes, que por vinte anos lutou para ver seu agressor preso.
Maria da Penha é uma biofarmacêutica cearense, e
foi casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em
1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas
costas enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, gritando por
socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta primeira
tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica A segunda tentativa de homicídio
aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da Penha da cadeira de
rodas e tentou eletrocuta-la no chuveiro.
Apesar da
investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada
ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro
julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros
conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e
condenado a dez anos de reclusão, mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça
brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a
demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a
Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez,
acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiros só foi preso em 2002, para
cumprir apenas 2 anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por
negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a
recomendação para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de
violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de
entidades então se reuniu para definir um anteprojeto de lei definindo formas
de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos
para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência
às vítimas.
Em setembro de 2006, a lei 11.340/06 finalmente
entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser
tratada como um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as
penas pagas em cestas básicas ou multas e engloba, além da violência física e
sexual, também a violência psicológica, patrimonial e o assédio moral.
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