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domingo, 9 de novembro de 2014

Saquarema rememorou a Coluna Prestes e o golpe civil-militar de 1964

Pela memória ativa
Por Laura Obredor e Edna Calheiros 
A memória ativa é um jeito de não esquecer fatos que marcam nossa história e oferecem aprendizagem para construir um país melhor. Por isso é importante lembrar sempre. Neste contexto foram rememorados os 90 anos da Coluna Prestes e os 50 anos do golpe civil-militar de 1964, na Escola Técnica Helber Vignoli Muniz da FAETEC de Bacaxá, na cidade de Saquarema, Estado do Rio de Janeiro.
O evento resultou de uma parceria entre a FAETEC, a Fundação Maurício Grabois, o Instituto Rede Democrática, a AMEAS e o jornal O Saquá/Tupy Comunicações e foi desenvolvido na semana de 3 a 7 de novembro de 2014 com diferentes propostas. Uma exposição promovida pela Fundação Mauricio Grabois sobre a marcha militar mais importante do Brasil. Ela, a Coluna Invicta, passou por 13 estados do país e viajou 25 mil quilômetros, denunciando a pobreza da população e a exploração das camadas mais pobres pelos líderes políticos e exigia mudanças da chamada República Velha.
Na cerimônia de inauguração da exposição houve um debate com a viúva do líder e senador Luiz Carlos Prestes, Dona Maria Prestes, o filho, Luis Carlos Prestes Filho, a professora Edna Calheiros, presidente da AMEAS (Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema), a jornalista Dulce Tupy, editora do jornal O Saquá e o vereador Chico Peres. Nesta palestra, Luis Carlos Prestes Filho destacou a longa trajetória de vida do senador durante todo o processo político do século XX. Mostrou, também, a participação de sua mãe, Dona Maria Prestes, na luta pelos ideais revolucionários ao lado de Prestes desde 1950, durante o exílio na União Soviética até o retorno ao Brasil  em 1980 e o trabalho que vem desenvolvendo no resgate da memória de uma história não contada nos livros escolares.
Para encerrar, foi projetado o filme “O Velho”, um documentário de 1997, dirigido por Toni Venturi, que conta a vida de Prestes como político notável do período republicano brasileiro desde a década de 1920 até o fim da sua vida, aos 92 anos de idade, em 7 de março de 1990. 

A ditadura de 1964
O evento prosseguiu com reflexões sobre os 50 anos do golpe militar de 1964, que implantou a ditadura militar no Brasil por 21 anos, através de uma série de palestras e documentários que tratam as vivências, em especial de jovens e adolescentes, neste período obscuro. Foi projetado o filme  “O ano em que meus pais saíram de férias”, de Cao Hamburger, que conta a história de Mauro, um garoto de doze anos, cuja vida muda completamente quando seus pais foram obrigados a fugir por serem perseguidas pela ditadura militar. O debate aconteceu com o escritor José Leal perseguido e exilado por 30 anos na Alemanha e a Jornalista Dulce Tupy.   
Em continuidade exibiu-se “O que é isso companheiro?”, de Bruno Barreto. O debate foi com o professor Ivan Cavalcanti Proença, ex-militar que participou da resistência ao golpe, autor de vários livros e a professora Edna Calheiros.

O evento encerrou com o filme “Calabouço - Um tiro no coração do Brasil”, de Carlos Pronzato, um documentário que mostra um foco de resistência à ditadura no restaurante estudantil Calabouço  e traz um novo olhar sobre a morte do estudante Edson Luís, assassinado pelos militares. Este fato despertou uma série de protestos e manifestações contra a ditadura militar e motivou os estudantes a ingressarem inclusive na luta armada. O debate foi com os produtores do filme Paulo Gomes e Geraldo Sardinha, também protagonistas deste acontecimento histórico. O evento é uma parceria entre a FAETEC, a Fundação Maurício Grabois, o Instituto Rede Democrática, a AMEAS e o jornal O Saquá/Tupy Comunicações.








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