CALABOUÇO 1968
Um tiro no coração do Brasil
A Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (Unirio) fará no dia 28 de abril, às 14h, no auditório Paulo Freire, uma
apresentação do recém-lançado documentário “Calabouço 1968, um tiro no coração
do Brasil”, do diretor Carlos Pronzato, seguida de debate.
(Av.
Pasteur 458, Urca – Rio de Janeiro – RJ)
O documentário sobre o Restaurante Central dos Estudantes, conhecido
como “Calabouço”, foi lançado na OAB-RJ, no dia 28 de março, quando foi
lembrada a data do assassinato do estudante Edson Luís, em 1968, verdadeiro
estopim das grandes manifestações estudantis que abalaram a ditadura instalada
em abril de 1964 no Brasil. Naquela tarde, o local estava repleto de estudantes,
na maioria secundaristas, que reivindicavam melhorias na alimentação e no
ensino, quando foram reprimidos pela violência da Polícia Militar. Um tiro dado
à queima roupa matou o jovem Edson Luís, cujo corpo foi velado na antiga
Assembleia Legislativa, que funcionava onde hoje é a atual Câmara de
Vereadores, na Cinelândia, no centro do Rio.
O documentário é resultado da ideia de um grupo de companheiros e
militantes históricos que vivenciaram o episódio, entre eles o veterano Geraldo
Sardinha, o advogado Paulo Gomes, o presidente da Frente Unida dos Estudantes
do Calabouço (FUEC) Elinor Brito, Edilberto Veras, o Ceará, Adai (Sorriso),
Dirceu Abreu, Leite, Zulmira e outros. No filme, há também depoimentos de
personalidades que despontaram na época, como o então estudante Vladimir
Palmeira, então presidente da UME (União Metropolitana dos Estudantes), o
músico e compositor Sérgio Ricardo, autor da música Calabouço, entre tantas
outras canções de protesto, o fotógrafo Evandro Teixeira, do Jornal do Brasil e
a então estudante da Escola Nacional de Belas Artes, hoje jornalista, Dulce
Tupy, entre outros.
“É o resgate da memória do movimento estudantil, no momento em que foi detonado
o processo das manifestações que desembocaram na famosa Passeata dos Cem Mil e,
em seguida, na decretação do famigerado AI-5, que radicalizou ainda mais a
ditadura”, diz o produtor executivo do filme Paulo Gomes.
Com cerca de 1 hora de duração, o documentário é dirigido pelo cineasta
e documentarista argentino-brasileiro, o “hermano” Carlos Pronzato, autor de
vários filmes sobre manifestações e líderes populares no Brasil e América
Latina. Produzido por La Mestiza Audiovisual, com apoio do Instituto Rede
Democrática (IRD), Sindipetro/RJ e jornal O Saquá, o filme faz parte da agenda
das rememorações do Golpe de 64, que vêm ocorrendo no Rio de Janeiro e em todo
o país.
Informações: (21) 99916 3930 (Paulo) e (22) 2651 7441 (Dulce)
Veja o site do jornal O Saquá com matéria
sobre o documentário e entrevista com o produtor Paulo Gomes e o diretor Carlos
Pronzato: http://www.osaqua.com.br/2014/02/24/carlos-pronzato-o-hermano-que-vai-contar-a-saga-do-restaurante-estudantil-calabouco/
Ou no facebook: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.735346093162563.1073741836.158825220814656&type=1
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